Toda nova implantação de elementos de segurança viária, no caso defensa metálica, atende a norma ABNT NBR 15486-2016 - Dispositivos de Contenção Viária. Em caso de manutenção ou conserva de rotina, a utiliza-se a norma NBR 6971-2012 - Defensas metálicas.
O dispositivo de contenção longitudinal deve ser especificado conforme seu nível de contenção e espaço de trabalho em função do afastamento de obstáculos fixos na via. As transições e conexões devem ser feitas com elementos que tenham no mínimo a resistência do sistema de contenção mais fraco.
Implantação
Os postes das defensas serão enterrados 1 100 mm ± 10 mm por processo de percussão (bate estaca) assegurando um adequado atrito lateral, em aterro compactado. No caso de fixação em taludes, ou terrenos muito ondulados, os postes deverão possuir comprimento compatível com esta exigência.
Em extensões pequenas (menores de 300 m) e isoladas de defensas, admite-se a implantação através de abertura de buracos no solo, com posterior enchimento de concreto.
A distância mínima adotada entre a linha de bordo e o dispositivo de contenção será de no mínimo 0,30 m em vias consideradas urbanas e 0,50 m (Figura abaixo) em vias consideradas rurais, porém sempre que possível utilizaremos o dispositivo com no mínimo 1,00 m da linha de bordo, a fim de reduzir o efeito visual da restrição lateral.
As defensas devem ser instaladas, de preferência, paralelamente à diretriz da pista.
Quando não for possível manter o paralelismo entre as lâminas das defensas e a diretriz, ou quando a defensa, por qualquer razão, deve desviar-se lateralmente, os trechos não paralelos devem ser mantidos dentro de um ângulo máximo de 2° 20’, contados a partir do eixo da via, o que corresponde a uma relação aproximada de 1:25.
As defensas devem ser interrompidas sob linhas de transmissão, como se fossem uma passagem para pedestres, com uma abertura mínima de 10,00 m para cada lado da linha, conforme figura abaixo.
Para proteção em taludes de aterro, de modo a ter um suporte adequado para o dispositivo de contenção, será adotada uma distância mínima de 0,50 m atrás do dispositivo até o início do talude.
Será observada a distância do dispositivo a ser instalado para quaisquer obstáculos fixos da via, respeitando seu espaço de trabalho conforme especificações do fabricante.
Os taludes laterais e sarjetas terão atenção especial, pois podem provocar a projeção do veículo sobre o sistema de contenção implantado, devendo sempre que possível ficar atrás do dispositivo a ser implantado.
O posicionamento ideal para o dispositivo de contenção é estar sempre em paralelo com a pista de rolamento, porém em algumas situações especiais para uma melhor proteção de um obstáculo fixo próximo a via, o dispositivo de contenção pode ser iniciado afastado da via, se aproximando gradualmente até alcançar a posição do obstáculo fixo (o que chamamos de deflexão lateral).
Para perfeito funcionamento dos dispositivos serão adotados os padrões abaixo de transições entre os elementos:
Os terminais de entrada e saída, bem como os dispositivos deverão atender os critérios de avaliações das normas técnicas aplicáveis, sendo observados a velocidade e ângulo de impacto. A indicação do dispositivo utilizado deverá ser realizada pela CONTRATANTE.
Todo sistema de contenção deverá ser introduzido e encerrado com segurança com características a fim de minimizar os efeitos do impacto.
A determinação de um terminal apropriado é considerada essencial para que o dispositivo implantado seja considerado seguro, não podendo ser penetrado, fazer saltar ou capotar um veículo que impacte frontalmente ou em ângulo.
Os terminais são classificados conforme a NCHRP 350/MASH, como de abertura ou de não abertura, sendo observado:
Abertura: Permite que o veículo impactando em ângulo o nariz ou a lateral da unidade antes do ponto não rediretivo atravesse a unidade.
Não Abertura: É capaz de redirecionar um veículo impactando em ângulo o nariz ou a lateral da unidade em toda sua extensão.
Deverá ser observada durante a implantação toda a área em frente do terminal e entre a pista e o terminal, a qual deverá manter declividade máxima de 10H:1V para o perfeito funcionando do dispositivo.
Os terminais de entrada e saída que poderão ser utilizados são:
Terminal abatido: Composto por quatro módulos de defensa, variando a altura desde a posição de projeto até sua extremidade totalmente enterrada (Devendo observar um ângulo menor ou igual a 4° 30’, entre o eixo superior das lâminas e o plano da pista, o que corresponde a uma relação aproximada de 1:12), que será firmemente fixada ao solo por meio de terminal apropriado.
Terminal absorvedor de energia: Tipo de terminal que ao ser impactado frontalmente absorve a energia cinética do veículo errante, conduzindo-o a uma parada segura. Para os terminais de abertura, quando o impacto ocorre na sua lateral, após o inicio do comprimento necessário, o terminal, por meio de sua ancoragem, permite desenvolver tensão e redirecionar o veículo. Para os terminais de não abertura, o redirecionamento ocorre desde o inicio do sistema, isto é, desde o cabeçal de impacto.
Terminais de defensa defletida (ancorado em talude de corte): conjunto onde as defensas são defletidas horizontalmente prosseguindo até o talude de corte onde é firmemente ancorado.
Terminal desviado: Nas situações em que exista uma área lateral relativamente plana, que possa ser utilizada para desviar lateralmente a defensa, esta pode ser iniciada afastada da pista, de modo a reduzir o comprimento necessário.
Terminal de saída aéreo: Composto por dois módulos de defensa com enrijecimento gradual (penúltima lâmina semi-rigida, última rígida) com terminal tipo A.
Para qualquer intervenção dos dispositivos de segurança na malha da CONTRATANTE serão observados rigorosamente preceitos das normas ABNT/NBR 15486/2016, ABNT/NBR 6971/2012 e ET-DE-L00/008/DER/2006.